domingo, 22 de fevereiro de 2015

Deambulando... Livros Fraude

Olá a todos! Li um post sobre livros fraude no blog Mini Estante Literária e fiquei indignida com a situação - autores de livros biográficos que,após a publicação destes livros e do sucesso que surge, admitirem que inventaram todo o enredo. A questão que levanto é a seguinte - até que ponto os direitos dos leitores são desrespeitados ao comprarmos livros que são mentiras e nada acontecer aos autores? Não vos parece estranho?
Já não é nenhuma surpresa o facto do mercado literário estar arrasado e sobreviver maioritariamente à base de livros apelativos para as massas e isso inclui má escrita, histórias sem grande enredo e seguir as tendências literárias, um fenómeno deste século. Antigamente, os movimentos literários rodavam à volta do que era aceitável pela comunidade e a forma de escrita defendida pelas escolas de arte - atualmente, a escrita é feita livremente, com temas que se repetem. Romances históricos, distopias, romances de vampiros, romances sexuais... Quantos livros não conhecem que andam à volta destes temas?
A última aquisição destas 'repetições' são as biografias e livros mais 'reais' - são livros mais fáceis de se ler, sem grande diversão e,aparentemente, mais úteis que os 'livros de literatura'. Penso que as pessoas estão cada vez mais preguiçosas mas também pressionadas pela rotina, o que as faz desejar ler e aprender o mais rapidamente possível - sem grandes enredos ou interpretações. Não é algo que concorde mas, tal como em todas as divisões literárias, há sempre alguns livros com aparente qualidade no meio desta salada de livros práticos. O problema situa-se em como determinadas pessoas julgam ter uma lição importantíssima e querem passá-la para a população; não duvido que existam indivíduos por aí que passaram por uma fase complicada e que a superaram mas até que ponto foi algo assim tão valioso para se escrever um livro? A maioria dessas pessoas não tem capacidade para escrever uma obra, pelo que a própria editora a cria através das informações que a pessoa dá.
Penso que pior que esses casos são ainda os ditos 'autores' que publicam um livro de ficção sem sequer o ter escrito - o último caso que me chocou mais foi o de Zoella, uma youtuber muito famosa que publicou um livro onde ela não o escreveu sozinha mas sim com a ajuda de várias pessoas, sendo que apenas o nome dela é que surgiu na capa. Em dias, ela superou autores que trabalharam arduamente ao longe de meses e anos para criar uma obra decente de se publicar, que vivem apenas do papel e da escrita. E agora pergunto: com que direito o dinheiro pode falar mais alto que a arte? E como é que o público consegue ser tão cego em relação a estes problemas?


2 comentários:

  1. Olá,
    Adorei o modo como abordas o assunto.
    Realmente acho que os autores e editoras dão mais importância ao dinheiro. Uma história terá mais impacto e vende mais se for verídica do que se disserem que é tudo inventado.
    Beijinhos

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    1. Olá
      desculpa estar a responder a todas estas mensagens tão tarde mas,de facto,nunca tinha reparado...
      É triste e difícil de se admitir mas uma história verídica traz sempre mais atenção - vendemos a imaginação pela realidade ;)

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