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terça-feira, 10 de junho de 2014

10 de Junho - Dia de Portugal: Pequena aula de história literária

Hoje celebra-se o dia da nossa pátria. Como tal, decidi fazer uma pequena publicação para celebrar esta data e, visto que história é a minha especialidade, vou dar uma pequena aula de história literária! Espero que gostem.


 Este quadro pertence a um rei de Portugal - D.Dinis. Podemos dizer que a literatura 'nasceu' graças a ele. Foi um rei percussor em termos de literatura, desenvolveu-a graças ao seu gosto por cantigas (cantigas de amor, de amigo e de escárnio e mal-dizer). Deixou-nos um legado enorme e devemos muito à sua sabedoria. Adorei aprender as cantigas, são tão inocentes! Mas é preciso ter paciência para as ler pois, como é óbvio, está em português arcaico. Quando as estudei, fiz o meu próprio dicionário, para conseguir entender melhor.


 Este senhor chama-se Fernão Lopes e é considerado o pai da narração. Foi um cronista que, basicamente, era contracto por famílias nobres abastadas para fazer um relato da vivência familiar (sempre elogiando-os, como é óbvio) e, desta forma, ser guardada para gerações futuras. Não, não é suposto lermos as suas crónicas a não ser que sejamos obrigados ou por estudo. O que interessa é a intenção, Lopes!










Gil Vicente é considerado o primeiro dramaturgo português. Não há
certezas em relação à sua data de nascimento e de óbito, há todo um mistério à volta da existência deste senhor. Com ou sem mistério, a verdade é que os autos dele são incríveis! Passado tantos séculos, ainda conseguem divertir-nos. Um autor que recomendo vivamente.


De Bernardim Ribeiro sabemos ainda menos. O que sabemos é que deixou o primeiro livro considerado 'história de amor' escrito em Portugal - Menina e Moça. Digamos que foi um sucesso na Península Ibérica. Infelizmente, perderam-se páginas deste livro. Tenho em casa uma versão e espero lê-la este ano.





Este senhor chamava-se Fernão Mendes Pinto e foi um explorador português que chegou ao Japão e escreveu o primeiro livro de crónicas de viagem, Peregrinação. O livro é bastante pesado e não é uma leitura fácil. Contudo, caso tenhamos apoio de alguém já entendido deste livro, não se irão arrepender; podemos aprender os costumes da época e compará-los com os de hoje. Também existe uma polémica à volta do livro pois várias ocorrências podem ser mentira.



Acho que não é preciso falar sobre este muy nobre senhor, pois não? Luís de Camões deixou-nos o maior livro a louvar terra lusitana mas também a apontar as suas falhas. Muito lhe devemos.
De salientar também a sua poesia que ADORO, é tão bucólica e relaxante. Muitas vezes, é esquecida e as pessoas pensam que ele apenas escreveu Os Lusíadas quando, na verdade, deixou um legado poético extenso.





Fico-me por aqui! Gostaria de falar sobre mais poetas mas, a partir de Camões, estes começam a 'reproduzir-se' cada vez e esta publicação seria interminável. Talvez noutra publicação, quem saiba, continuarei!

domingo, 1 de junho de 2014

Feliz Dia Mundial da Criança!

Pois é, hoje chegou o terceiro dia que mais aguardávamos quando éramos mais novos (o aniversário e o natal estavam primeiro nesta hierarquia de presentes). O tempo passa demasiado rápido, como é que acordei e nem recebi um presente? Os meus pais já nem se lembravam desta data.
De qualquer forma, trouxe um presente para o Cantinho dos Livros, que consiste em relembrar livros que líamos quando éramos mais novos. Estes livros marcaram-me e não tinha coragem de me desfazer deles.



Clube das Amigas - Alguém lembra-se desse 'clube'? Era uma coleção com mais de 100 livros de diferentes autores com histórias super...pita, I must confess, para entretar pré-adolescentes. Felizmente ou infelizmente, entreteu-me imenso. Adorava esta coleção, era tão juvenil, divertida e fácil de te identificares com as personagens (visto que era mesmo escrito para nós). De vez em quando, pego nestes livros e rio-me tanto com eles! Às vezes, as piores fases acabam por se tornar divertidas passado algum tempo.




 Uma Aventura - nem adianta falar muito sobre esta série, nunca mais acabava e eu li mais de 50 livros; chegava a requisitar 3 por semana (digamos que, desde pequena, sempre fui um pouco bookworm...).
 História alegre de Portugal - É uma banda desenhada ENORME que conta a história da monarquia portuguesa; infelizmente não chega ao fim pois o autor morre. Contudo, os meus pais ofereceram-no 4º ano pois virão que adorava a parte de História nos Estudos do Meio (ai,as memórias!) e ainda bem que deram, pois é daqueles livros que definitivamente irá passar de geração em geração. É tão divertido e educativo!
 O Diário da Princesa - Bem, eu li TODOS os livros desta saga e,quando acabei, fui ter com o meu grupo de amigas (todas líamos esta saga) e começámos a chorar em conjunto; sim, um pouco lamechas mas era motivo para tal. Infelizmente, só tenho 4 livros e o meu sonho de há... uns 7 anos é poder terminar e recomeçar a ler, até porque Meg Cabot anuncinou que irá publicar 2 spin-off. Aconselho a toda a gente, é divertido, é uma literatura light e confirmo - não é assim tão infantil quanto parece.
 Witch - Eu adorava-as e comprava sempre as revistas! Também me compraram todos os livros que havia destas bruxinhas e admito que me diverti imenso. Foi o primeiro contacto que tive com 'ver as imagens escritas' (caso isso faça algum sentido).
 A História da Pequena Estrela- Eu representei este livro num espetáculo de sombras no colégio onde andava e diverti-me tanto, chorei com este livro. Ainda agora o guardo com algum carinho especial, outro livro que merece passar para a próxima geração.



  
As maçãs do Sr. Peabody - Decidi deixar o melhor para o fim, visto que este é O livro que mais me marcou, que acompanhou o meu crescimento; todos os anos leio-o, acho que tornou-se uma espécie de ritual. A história é encantadora e os desenhos ainda mais. Quando era nova, não tinha percebido muito bem o porquê da mensagem vinda por este livro mas, enquanto fui crescendo, comecei a perceber cada vez melhor. Aconselho a toda a gente, por vezes, as verdadeiras mensagens vêm em livros de crianças.


E que livros vos marcaram? Feliz dia mundial da criança! *

domingo, 13 de abril de 2014

A noite de Natal

Mas um dia encontrou um amigo. Foi num manhã de Outubro. Joana estava encarrapitada no muro. E passou pela rua um garoto. Estava todo vestido de remendos e os seus olhos brilhavam como duas estrelas. Caminhava devagar pela beira do passeio sorrindo às folhas do Outono.
Este livro, apesar de ter uma conotação religiosa, esta não serve para 'obrigar' ninguém a ser cristão mas sim a seguir os valores básicos desta religião: amar o próximo, respeitá-lo e preservar a igualdade. Desta forma, Sophia escreve uma história maravilhosa onde compara uma criança a Jesus e demonstra o quanto um ser tão novo pode ter um bom coração. Também termina com o esterotipo de uma pessoa rica e egoísta, mostrando que riqueza não deve de limitar a bondade de alguém.
"Tenho medo", pensou ela. Mas resolveu caminhar para a frente sem olhar para nada.
Com ilustrações de Júlio Resende, esta história encanta qualquer um! Ao lado de O Cavaleiro da Dinamarca, este foi o meu conto preferido da iniciativa.


E, assim, a iniciativa terminou! 4 contos, 4 semanas! Apesar de não ter conseguido realizar durante Março, continuo feliz por, pelo menos, ter concluído. Até calhou bem, visto que o calor apenas chegou agora!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O rapaz de bronze

Era uma vez um jardim maravilhoso, cheio de grandes tílias, bétulas, carvalhos, magnólias e plátanos.
Havia nele roseirais, jardins de buxo e pomares. E ruas muito compridas, entre muros de camélias talhadas.
A autora de contos infantis volta a surpreender-nos, desta vez com uma história de amor entre flores - algo que nunca pensei ler sobre! Ao longo dos vários capítulos, acompanhados por ilustrações de Júlio Resende, Sophia narra os vários passos pelos quais o jardim teve de passar para conseguir organizar uma festa, tal como as dos humanos.

As camélias são muito diferentes dos gladíolos: são vagas, sonhadoras, distantes e pouco mundanas. Estão sempre semiescondidas entre as suas folhas duras e polidas. Mas os gladíolos admiravam as camélias por elas não terem perfume, pois, entre as flores, não ter perfume é uma grande originalidade.
Ao longo do livro, vamos entrando em contacto com as diversas personalidades das flores (muito bem descritas) e aos diversos sentimentos que os seres de um jardim supostamente sentem, começando em árvores e acabando na estátua, o rapaz de bronze. É uma diversão! Adorei imaginar como seria a personalidade de cada flor do meu jardim. Relembra-nos que nós, pessoas, não somos as únicas a viver aqui.
-São estrangeiras - respondeu o Carvalho - ,a que está vestida de lilás é inglesa e é uma espécie de Begónia; a que está vestida de preto é americana e é uma espécie de Orquídea. É riquíssima, tem uma casa toda feita de vidro como uma estufa e conhece os snobs do mundo inteiro.

quarta-feira, 26 de março de 2014

O Cavaleiro da Dinamarca

Nas manhãs de Verão verdes e doiradas, as crianças saíam muito cedo, com um cesto de vime enfiado no braço esquerdo e iam colher flores, morangos, amoras, cogumelos. Teciam grinaldas que poisavam nos cabelos ou que punham a flutuar no rio.
Este livro fala-nos de um conto nórdico bastante famoso e que originou a decoração com luzes nas árvores de  Natal. Simplesmente adorei! Consegui sentir a magia, como se fosse uma criança deliciada. Ao longo da história, apresentam-nos várias histórias e lendas conhecidas mundialmente, como a criação da Divina Comédia por Dante.
Mas uma vez no mar foram assaltados pela tempestade. O navio ora subia na crista da vaga ora recaía pesadamente estremecendo de ponta a ponta. Os mastros e os cabos estalavam e gemiam. As ondas batiam com fúria no casco e varriam a popa.
O que deixa a desejar neste livro: as ilustrações! Um livro com uma capa tão bela e uma história tão bem escrita merecia melhores desenhos.
De qualquer forma, aconselho todas as pessoas a perderem uns 30minutos, afastarem-se da rotina, e deixarem-se levar por este conto!

sexta-feira, 14 de março de 2014

A Floresta

Decidi reler este maravilhoso livro de contos para poder falar sobre ele nesta iniciativa - para ser honesta, estava tão entusiasmada! Não sou granda fã da poesia de Sophia mas simplesmente adoro os seus contos; e, normalmente, não percebemos a mensagem da história quando somos crianças. Ao reler, descobrimos toda a magia!
A história fala de uma jovem rapariga que adorava passear pela sua floresta e sonhava constantemente em encontrar anões - que fazer, acreditava neles! Num dia, finalmente encontra um anão e, para ganhar a sua confiança, têm de ser amigos durante um ano. Após esse ano, o anão decide partilhar um segredo que irá mudar a vida deles e de muitas mais personagens...
 
"O lago ficava no meio do parque no sítio mais solitário da quinta. As altas ramagens dos plátanos, dos carvalhos e das tílias cruzavam no céu os seus ramos. A luz era verde e doirada. O chão estava coberto de folhas."

É uma diversão! Por vezes, apenas precisamos de nos afastar dos grandes (e por vezes tediosos) livros e voltar à infância. Numa hora, lemos o conto e sonhamos um pouco... E as ilustrações, feitas por Teresa Olazabal Cabral são magníficas, minimalistas e um tanto carinhosas.
A moral da história: tem várias ramificações até... por um lado, aprender a confiar nas pessoas, até nas mais improváveis; por outro, ajudar o mais próximo mas não esquecer-nos das consequências. A lição fulcral - não deixar que o dinheiro governe o mundo.

"Quando fores crescida - disse o professor de música - escreve esta história. As coisas que passam ficam vivas para sempre numa história escrita."


sábado, 1 de março de 2014

Março

Março, tal como todos os anos, traz a Primavera! Apesar de ser um cliché e algo completamente inevitável, acho engraçado o quanto ficamos felizes pela chegada desta estação. Para celebrar isto, decidi apresentar 4 contos de Sophia de Mello Breyner, uma autora que tanto admirava e venerava a natureza, ao longo das 4 semanas.
Estejam atentos!